Thursday 19 April 2018

Qual a tua verdade?

É desta forma que escolho ver as coisas:


Já não tenho idade para mentir! Ponto.
Não porque seja feio, designação que muito ouvia em criança da boca dos meus pais, mas porque já não serve o meu propósito.

Menti durante muito tempo ao longo da minha vida por MEDO. Tinha medo de dizer a verdade e de receber represálias. Em miúda, quando às escondidas fazia asneiras, a minha mãe descobria e perguntava-me se tinha sido eu. Ficava sempre incomodada sem saber o que lhe dizer pois não queria desiludi-la nem deixar de receber o amor dela.

E aí eu dizia:

- Não fui eu!

- De certeza?! - perguntava-me ela a olhar fixamente para os meus olhos e a perceber nitidamente que tinha sido eu (já agora, as mães são umas sabichonas e sabem tudo sobre os filhos).

Eu continuava a insistir dizendo que 'Não' até chegar ao ponto em que lá me decidia confessar e quando o fazia já era tarde. Ela não suportava mentiras e à sua maneira tratava de me transmitir a importância de contar a verdade.

No fundo o que eu queria mesmo era ser amada independentemente daquilo que fizesse, o que se revelou uma tarefa inglória pois sendo eu uma criança, as asneiras eram o prato forte do dia e as oportunidades de não desiludi-la eram... escassas! Queria mostrar-lhe que era a menina perfeita e bem comportada para receber o seu amor em retorno o que acabava por não acontecer.

Comecei a sentir na pele que mesmo dizendo a verdade não tinha o retorno desejado logo, porquê dar-me ao trabalho em a dignificar?

E passei largos anos nisto.
A esconder e a mentir, aos outros, e a mim própria, até que me fartei de receber os louros bolorentos da minha conduta e a mentira começou a deixar de me servir.
Não tanto por ser um acto 'mau' ou 'feio', até porque mentir já me salvou várias vezes de situações complicadas em que a minha sobrevivência esteve em causa, mas pelo rasto que ficou na minha vida por tê-lo feito de maneiras tão egoístas.

Aprendizagens e sabedoria à parte, viver em verdade tornou-se actualmente um estilo de vida para mim. Tenho vindo a descobri-la através das experiências que vou vivendo e a observar o quão obsoleta ela é a cada dia que passa!

Repara nisto:

O que hoje é uma verdade amanhã pode bem deixar de ser. O que não quer dizer que ontem tenhas vivido uma mentira! Simplesmente estás a construir e a actualizar a vida à medida que ela avança o que implica menos sofrimento a longo prazo. Nada de ficar pois agarrado/a a verdades ultrapassadas!

A verdade é uma dança constante, mutável e de carácter muito pessoal que frutifica a todo o momento perante a realidade vivida por ti. É intransmissível e por isso, livre de julgamentos ou condições. Não é um objectivo a alcançar e sim parte integrante do teu fluxo de vida que floresce a cada instante.

A tua verdade é aqui e agora.

Qual é a tua?

Dálida Costa
Life Builder

Wednesday 3 January 2018

Deixa-te de MERDAS!

A palavra MERDA é super libertadora e pode ser utilizada numa infinidade de ocasiões:

 1 - Numa constatação negativa: Que MERDA!
 2 - Numa apreciação literária: Que blog de MERDA!
 3 - Numa qualificação governamental: O estado português só faz MERDA!
 4 - Referente à desordem: Está tudo uma bela MERDA!
 5 - Como indicador de orgulho: Quem este MERDAS pensa que é?
 6 - Numa indicação geográfica 1: Onde fica essa MERDA?
 7 - Numa indicação geográfica 2: Vá à MERDA!
 8 - Numa indicação geográfica 3: São 17h00... Vou-me embora desta MERDA!
 9 - Num substantivo qualificativo: És um MERDAS!
10 - Numa performance desportiva: O Sporting e o Benfica não estão a jogar MERDA nenhuma!
11 - Numa desistência: MERDA para isto tudo!
12 - Numa constatação comportamental: Ele faz muita MERDA!
13 - Como sugestão de um trajecto: Porque não vais à MERDA?
14 - Como balanço sazonal: Estou na mesma MERDA de sempre.
15 - Ao expressar ressentimento natalício: Não ganhei MERDA nenhuma de presente!
16 - Numa auto avaliação: Só faço MERDA!
17 - Como indicador de valor: Não vales MERDA nenhuma!
18 - Como indicador de percepção: Não percebo MERDA nenhuma!
19 - No âmbito de uma apreciação: Ele só faz MERDA.
20 - Numa especulação duvidosa: Fizeste MERDA, não é?
21 - Referente ao poder alquímico de outrem: Tudo o que ele toca vira MERDA!
22 - Constatando um resultado: Deu MERDA.
23 - Referente à capacidade de visualização: Não se vê MERDA nenhuma!
24 - Referente ao esforço de um individuo numa empresa: Trabalho que nem um cão e não ganho MERDA nenhuma.
25 - Numa surpresa inesperada: Que MERDA é esta?!
26 - Relativa à situação financeira de outrem: Ele está na MERDA...
27 - Numa interjeição emocional: Esta MERDA é mesmo boa!
28 - Relativa à ocupação de tempo 1: Tenho tanta MERDA para fazer!
29 - Relativa à ocupação de tempo 2: Não tenho tempo para MERDAS!
30 - Numa interjeição motivacional: Deixa-te de MERDAS!

Pessoalmente gosto muito desta última e digo-a muitas vezes para mim como forma de sair do novelo de desculpas esfarrapadas e sabotadoras, em que tantas vezes me apanho e, dos medinhos que me assombram, que tantas vezes alimento e dos quais saio, na maior parte das vezes a grande prejudicada!

'Deixa-te de MERDAS!' não é apenas uma âncora motivacional que utilizo é também um mantra super poderoso que me ajuda a colocar os pés na terra e a cabeça no lugar sempre que desacredito em mim.

É com muita facilidade que me comparo com os outros e me coloco numa posição de inferioridade relativamente às minhas capacidades, espaço este, bastante fértil para as mil e uma dúvidas que surgem sobre aquilo que acredito que sou capaz de realizar e de ser.

'Deixa-te de MERDAS!' ressoa dentro de mim como um lembrete a respeito da voz que eu devo seguir. A da minha mente ou a do meu coração? 

Muitas vezes eu sigo a voz da minha mente e sai MERDA! 
Daí o lema 'Deixa-te de MERDAS!' o que quer, no fundo, realmente dizer,'Deixa-te da mente!' pois ela mente.

'Deixa-te de MERDAS!' é o mantra que faz brotar indiscutívelmente a minha verdade. Quando me deixo de merdas faço o que é para ser feito e sigo o meu grande mestre da sabedoria universal. O meu coração.

A mente é um instrumento fenomenal para muita coisa mas para tomar decisões o coração é o soberano, aquele que sempre sabe o melhor caminho para mim.

Onde quer que estejas 'Deixa-te de MERDAS!' pode ser o empurrãozinho que necessitas para avançar!

By Dálida Costa
Life Builder













NOVO!

Qual a tua verdade?

É desta forma que escolho ver as coisas: Já não tenho idade para mentir! Ponto. Não porque seja feio, designação que muito ouvia...